Esse texto foi escrito por um aluno formado na ETec Fernando Prestes a um certo tempo, que acompanhando a manifestação fez também seu desabafo. Assim como chegou a minhas mãos, aqui o reproduzo:
"Primeiro gostaria de frisar que não é de hoje que os alunos estão insatisfeitos com o diretor. Quem acredita que o ensino médio serve para aproveitamento das matérias e que assim vai passar em uma federal vive em um conto de fadas, pois o ensino, não só no FP, mas o ensino público em geral está muito defasado, e ano após ano o que mais se vê são alunos se formando e indo estudar em UNISO, UNIP ou ESAMC, os que não fazem isso vão para cursinho. Os que conseguem passar direto para alguma universidade pública são minoria, e ouso dizer que 90% disso se deve ao próprio aluno, a escola é o de menos.
Os alunos no FP passaram a ser tratados pelo Sr. Paulo Germano como adolescentes sem discernimento e que devem ser guiados como gado em um pasto. Ensino médio é uma fase de transição, uma fase onde se deve errar e aprender a consertar o que está errado por conta própria. Me formei em 2010 pelo FP, e admito que matei muitas aulas lá, mas uma coisa eu digo, aprendi muito mais fora da sala de aula do que dentro.
Dentro da sala já foi dito que eu não tinha futuro e um professor chegou a gargalhar na minha cara quando eu comentei o que gostaria de fazer no futuro, me desacreditando totalmente, e não foram episódios isolados. Fora da sala eu recebia apoio da maioria dos colegas nas minhas matanças de aula. E hoje eu vejo que a minha fase de errar passou, errei muito e por isso agora eu erro menos e graças ao tempo 'perdido' por aí ganhei jogo de cintura, o que hoje em dia no mercado é o que está em falta ! Qualquer gestor sabe que o que falta no mercado hoje em dia é atitude, e é justamente o que querem que acabe no FP.
Ninguém procura por profissionais que aceitam o que lhes é imposto de cabeça baixa, esses serão os peões, o mercado anseia por profissionais que saiam dos parâmetros e coloquem a cara pra bater! E eu tenho absoluta certeza que o mercado dá muito mais valor para o aluno que foi lá, questionou, fez o que pôde para atingir os seus objetivos nessa confusão que está acontecendo do que para aquele aluno que tem 100% de frequência na aula, não moveu um dedo nisso tudo que aconteceu, e que provavelmente se desespera quando não pode recorrer à receita de bolo ensinada.
A questão vai muito além do aluno tirar notas ruins ou boas, isso não vai fazer diferença no futuro de ninguém, não é isso que o mercado procura. Quem diz isso é um aluno que foi muito criticado durante suas estadia no Fernando Prestes, e que figurava entre os piores alunos de sua sala. Porém teve o maior número de acertos no ENEM da sala e quando o mundo lhe cobrou alguma coisa, cobrou atitude, força de vontade, e malícia, coisas que aprendi a ter fora da sala de aula.
Nos tempo atuais, na era da tecnologia e informação, o diferencial é até onde você pode criar, interpretar, e moldar informações, e não até que ponto você pode obedecer ordens e ter essa pseudo-disciplina que tanto é cobrada pelos educadores, mas que na verdade é uma lição de como se tornar massa de manobra. A verdadeira questão ao meu ver é essa, Paulo Germano e diretoria, para quê vocês estão preparando seus alunos? Para qual mundo e qual mercado? É isso."
Ensinando para a vida ? Que tipo de vida ???
ResponderExcluirPense pelo lado positivo: "ensinando para vida", vcs estão aprendendo a se unir e lutar pelos seus direitos... Parabéns!
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